Seguir @cleberpai

Total de visualizações de página

quarta-feira, 26 de setembro de 2012


FUNDAMENTOS DO TIRO POLICIAL

 

 

1. EMPUNHADURA: constitui-se de Altura, Envolvimento e Pressão.

 

a) Altura - é fácil entender-se que se empunharmos a coronha do revólver muito alto, estaremos prejudicando o trabalho do cão à retaguarda, e ainda dificultando a ação do dedo indicador ao acionarmos a tecla do gatilho durante a ação dupla, favorecendo assim, a chamada pane de dedo, tudo pelo mau posicionamento da mão. Entretanto, se empunharmos a coronha do revólver muito baixo, originar-se-ão tiros para o alto. Daí o ideal é que o início da mão (região entre o dedo polegar e o indicador) comece juntamente com o início da coronha do revólver.

b) Envolvimento - o polegar, como os demais dedos, envolve a coronha da arma. A parte de trás da coronha é colocada na palma da mão, o dedo polegar se posiciona abaixo do botão serrilhado e os dedos médio, anular e mínimo se fecham em torno da mesma, sob o guarda-mato, envolvendo-a totalmente. O dedo indicador não faz parte do envolvimento, indo se posicionar sobre a tecla do gatilho, entre a primeira e a segunda falange.

c) Pressão da mão que dispara a arma - deve-se dar grande atenção para o detalhe da pressão da mão sobre a coronha, de forma que, em hipótese alguma, uma vez feita a pegada, esta não deve ser desfeita, o que, em ocorrendo, mostrará que a arma não estava suficientemente firme, afrouxando-se a mão. Pressione somente os dedos anular, médio, mínimo e polegar até avermelharem-se as unhas, relaxe um pouco, e não mais modifique. Lembre-se de que, se a cada disparo a empunhadura for refeita, é um sinal claro de que sua pegada está frouxa. A empunhadura deve ter uma pressão natural, como um aperto de mão.

d) Envolvimento e Pressão da mão que auxilia - os dedos da mão que auxilia, em forma de concha deverá envolver os dedos da mão que atira logo abaixo do guarda-mato e a palma deverá fixar-se na placa da armação, na parte não alcançada pelos dedos da mão que atira; o dedo polegar deverá fixar-se na armação na armação ficando paralelo e abaixo do ferrolho nas pistolas, ou junto do dedo polegar da mão que atira quando se tratar de revólver. A pressão exercida pela mão que auxilia, deverá ser o suficiente apenas para ajustar a mão que atira na arma. É esta mão que segura o conjunto arma/mão facilitando o controle do recuo.

 

2. POSIÇÃO: em princípio é necessário que se esclareça que, em combate, o atirador deverá tomar a posição que melhor convier ao momento, objetivando sempre o melhor aproveitamento para seu disparo. Por isso são ensinadas diversas posições reais de combate, com o respectivo emprego mais favorável, para que o homem aplique ao máximo sua criatividade, adaptando-se rapidamente, por reflexo, ao melhor posicionamento, considerando a possível utilização de proteção (relevo, viatura, muros, etc.).

 

3. VISADA: É o enquadramento do aparelho de pontaria, dividido em dois momentos distintos e subseqüentes, ou seja:

a) Linha de Mira: linha imaginária que parte do olho aberto do atirador enquadrando alça e massa de mira;

b) Linha de Visada: linha imaginária que se estende do aparelho de pontaria enquadrado (linha de mira) até o centro do alvo.


Especialmente em tiros de curta distância, onde se exige rapidez de ação, na maioria das vezes, não tem o atirador, tempo para um perfeito enquadramento de miras. Deve o atirador, portanto, apontar a arma na direção do alvo, com ambos os olhos abertos, procurando colocar a massa de mira no centro do alvo, efetuando o tiro. Faz a visada como se apontasse o dedo indicador para o alvo. Somente procure enquadrar alça e massa, se o tempo de que dispõe para ação e reação, o permitir, ou caso esteja abrigado ou distanciado do alvo. O enquadramento perfeito da alça e massa só se torna essencial, para tiros a maiores distâncias, tiros além de 20 metros, onde a possibilidade de erro é maior e, então, o atirador já não é alvo tão fácil ao opositor. No tiro policial deve o atirador efetuar os tiros com os dois olhos abertos.


APARELHO DE PONTARIA

 

 

 

POSIÇÃO CORRETA


POSIÇÕES ERRADAS

 

4. RESPIRAÇÃO: nos tiros em ação dupla deve-se fazer uma pequena inspiração e bloqueá-la durante o acionamento. Expira-se logo após o disparo, e inicia-se outro ciclo, mas, mesmo assim, em ação dupla isto não é rígido. A rapidez da ação exige apenas que o atirador prenda a respiração no exato momento do disparo. Porém é necessária uma pequena pausa respiratória.

 

5. ACIONAMENTO DA TECLA DO GATILHO: constitui-se no fator crucial do aprendizado. Deve ser usada sempre a ação dupla, uma vez que esta é a verdadeira ação de combate. Na ação dupla, a dobra do dedo entre as falanges deve coincidir com a quina direita da tecla, e a ação deste dedo indicador deve ser para trás, no sentido do eixo do antebraço, e não em diagonal, o que provocaria tiros em linha, à esquerda, para os destros, e à direita, para os sinistros. Com calma procure combater um outro fenômeno que cedo ocorrerá: o homem afrouxa a pegada e, ao acionar a tecla, conjuga a pegada dos quatro dedos com o movimento do dedo indicador na tecla do gatilho. Assim, ao invés de comandar a ação somente para o dedo indicador, o faz para todos os dedos, o que impede a ação correta do dedo indicador, não conseguindo este realizar o acionamento, originando a pane de dedo. Muito comum será também o acionamento brusco da tecla do gatilho, a chamada gatilhada, por prevenção contra o estampido do revólver. Inicia-se o movimento do cão à retaguarda e o mesmo termina bruscamente, e muitas vezes, já se inicia um movimento único e repentino, o que provocará tiros enterrados, isto é, abaixo da silhueta, e muitas vezes no chão, isto a uma distância de 10 metros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário